Polícia encontra extintor de balão que caiu em SC e deixou oito mortos | Brasil

Balão pegou fogo no ar e caiu, conforme relatos – Reprodução/X Balão pegou fogo no ar e caiu, conforme relatosReprodução/X Publicado 27/06/2025 09:23 A Polícia Civil de Santa Catarina confirmou nesta quinta-feira (26) que já ouviu os 13 sobreviventes da




Balão pegou fogo no ar e caiu, conforme relatosReprodução/X

A Polícia Civil de Santa Catarina confirmou nesta quinta-feira (26) que já ouviu os 13 sobreviventes da queda do balão em chamas com 21 pessoas a bordo em Praia Grande no último sábado (21). A corporação também localizou o extintor de incêndio que não teria funcionado no momento do acidente, além do maçarico que teria causado o fogo. Oito pessoas morreram na tragédia.

A equipe de investigação também realizou uma reconstituição do acidente com a presença da Polícia Científica. Além dos sobreviventes, a investigação tomou depoimento de outras sete pessoas envolvidas na operação.

Os laudos cadavéricos das oito vítimas também já foram concluídos, assim como o relatório elaborado por psicólogos policiais que acompanham os desdobramentos da investigação. Os detalhes dos documentos não foram divulgados. Não há prazo para a conclusão do caso.

A Polícia Civil informou que o piloto manteve a versão de que o extintor não funcionou ao ser acionado, mas não deu outros detalhes sobre a simulação.

“O piloto apresentou a versão dele dos fatos, numa espécie de reprodução simulada. Não tecnicamente uma reprodução, mas demonstrando como o fato teria ocorrido, na versão dele”, informou o delegado Rafael Chiara.

“Acrescento que todas as testemunhas e sobreviventes já foram ouvidas, inclusive o proprietário da empresa fabricante dos balões, que nos auxiliou bastante na questão de entendimento técnico”, apontou.

De acordo com o piloto, ao perceber o descontrole e evidente acidente, ele teria ordenado que todos pulassem do balão. Ele e mais doze tripulantes conseguiram escapar. Um sobrevivente também relatou que o extintor de incêndio falhou no momento do incêndio.

A diminuição do peso teria feito com que o balão subisse novamente com as oito vítimas que não conseguiram desembarcar e morreram carbonizadas.

A empresa responsável era Sobrevoar, que afirmou cumprir as regras da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para voar e afirmou não ter registro de outros acidentes. A companhia disse ter suspendido suas operações por tempo indeterminado.

“Gostaríamos também de esclarecer que trabalhamos com seriedade e cumprimos todas as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), destacando que não tínhamos registros de acidentes anteriores. Infelizmente, mesmo com todas as precauções necessárias e com o esforço de nosso Piloto, cujo mesmo possui ampla experiência e adotou todos os procedimentos indicados, tentando salvar todos os que estavam a bordo do balão, sofremos com a dor causada por essa tragédia”, disse.

Balão

O voo teve duração de quatro minutos. Segundo o anúncio da empresa responsável, no entanto, o passeio teria duração de 45 minutos. O balão tinha capacidade para carregar até 27 pessoas ou 2.870 quilos.

A empresa operava desde setembro de 2024 e tinha autorização da prefeitura para funcionar.

Tradicional destino de balonismo, Praia Grande fica perto de uma região de cânions no extremo sul de Santa Catarina, a cerca de 270 quilômetros de Florianópolis. É chamada de Capadócia Brasileira, em alusão à região da Turquia onde a prática de balões atrai turistas de todo o mundo.

Quem são as vítimas?

Entre os mortos havia uma mãe e filha, dois casais, um patinador artístico e um oftalmologista. Todos tinham como origem o sul do país. São eles:

– Everaldo da Rocha, de 53 anos, e Janaína Moreira Soares da Rocha, de 46 anos – O casal fazia o passeio com os filhos, que estão entre os sobreviventes.

– Fabio Luiz Izycki, de 42 anos, e Juliane Jacinta Sawicki, de 36 anos – O bancário e a engenheira agrônoma, ambos gaúchos, estavam namorando.

– Leandro Luzzi, de 33 anos – O patinador artístico era diretor técnico da Federação Catarinense de Patinação Artística e fundador de uma escola da modalidade na cidade catarinense de Brusque, além de atuar como técnico da seleção brasileira. Fazia o passeio com o namorado, que sobreviveu.

– Leane Elizabeth Herrmann, de 70 anos – Realizava o passeio com a família.

– Leise Herrmann Parizotto, 37 anos – Médica de um posto de saúde em Blumenau (SC), ela fazia o passeio junto com a mãe, Leane.

– Andrei Gabriel de Melo, de 34 anos – Oftalmologista de Fraiburgo, município no oeste de Santa Catarina.



Conteúdo Original

2025-06-27 09:23:00

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